Foram bastante veiculadas e transmitidas pela grande mídia as cenas do espetáculo ocorrido nas últimas semanas no Rio de Janeiro. A chamada “guerra”, termo utilizado para criar a idéia de um estado de exceção, angariando assim apoio de boa parte da população, trata-se de uma intervenção policial-militar (ou será político-militar?) ao Complexo do Alemão.
As imagens amplamente exploradas e muitas delas transmitidas ao vivo comprovam o apelo realista e a realidade ficcionalizada, presentes nos textos de Beatriz Jaguaribe e Ilana Feldman, estudados no decorrer do curso de Mídia e Intimidade.
Além do discurso de “guerra” implementado pela mídia, a estética de guerra na cobertura dos acontecimentos corroborava para o realismo desse discurso, por mais ficcionalizado que este fosse.
Abaixo segue um vídeo que exemplifica isso. A reportagem produzida pela Rede Record, no programa “Domingo Espetacular”, que não leva esse nome por acaso, exibe imagens que estão associadas ao imaginário de guerra, intercaladas com o discurso do especialista, no caso, o secretário de (In)Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Imaginário esse construído com auxílio das mídias audiovisuais no decorrer do século XX, que possuem papel essencial no realismo contemporâneo.
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